Visita de estudo de EMRC à Lisboa, Story Centre e ao Museu do Dinheiro

Na pretérita quinta feira, 25 de janeiro, realizou-se a visita de estudo, no âmbito da disciplina de EMRC, a Lisboa, em concreto à Lisboa, Story Centre e ao Museu do Dinheiro, atividade destinada a alunos do 7.º ano. 

61 alunos, acompanhados pelos docentes Luís Martins, Maria do Carmo, Cristina Fonseca e António Rosa, efetuaram uma viagem no tempo e no espaço; fruíram, numa dinâmica interativa, do conhecimento e do saber; aprenderam e consolidaram conteúdos e, mais importante, exponenciaram, através do convívio, da cooperação e do diálogo, competências interpessoais e socio afetivas. 

Primeira paragem: Praça do Comércio, mais comummente designado Terreiro do Paço,visita à Lisboa, Story Centre. Numa visita interativa, alunos e professores mergulharam nos principais eventos da cidade, numa sequência cronológica. Com recurso à multimédia, à cenografia e a experiências sensoriais, discentes e professores foram “conduzidos” por um “contador de histórias”, por vezes distraído, num passeio envolvente, numa viagem pelo mito e pela história da urbe. 

Uma viagem pelas origens mitológicas da cidade e a sua geografia, o rio, a terra e o mar, mas, também, uma referência aos primeiros colonizadores, à conquista e colonização muçulmanas, à conquista da cidade, em 1147, por D. Afonso Henriques, com o auxílio dos cruzados, à fixação da Corte, com D. Afonso III, à construção de uma nova e imponente cintura de muralhas, no tempo de D. Fernando. 

Num segundo momento, no contexto da expansão ultramarina, da construção de uma economia à escala global, o encontro de culturas e de povos, um mergulho na cidade cosmopolita, capital de um império disseminado por todos os continentes, armazém do mundo. Cidade de caravelas e de naos, que cheira a canela e a pimenta, demandada por comerciantes de múltiplas origens, que aqui procuram as especiarias das Índias Orientais, mas, também, o açúcar, o ouro, as pedras preciosas.

E eis o terramoto de 1 de novembro de 1755, o dia de Todos os Santos! A maior tragédia natural da cidade e do país, com o seu cortejo de terramotos e marmotos, de incêndios, de choros, de tristezas, de lágrimas, de temor e de morte, vivida de forma realista, recriada através de um pequeno filme, em que ecoam as vozes e os padecimentos, assim como os silêncios, desse dia trágico. 

Depois, a reconstrução da cidade, a determinação de Sebastião de José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, que, face aos escombros da destruição, sonhou e planeou uma cidade moderna. E pudemos espiar uma reunião de trabalho entre o Secretário de Estado e Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, engenheiros e arquitetos responsáveis pela construção da Baixa Pombalina, com prédios de fachadas iguais, com esgotos e passeios, ruas largas e a Praça do Comércio. E pudemos entrar na famosa gaiola, estrutura antissísmica, qual ossatura dos novos edifícios. E observámos, também, os corta-fogos. 

Por fim, uma visita pelo Terreiro do Paço, palco dos maiores acontecimentos históricos da cidade e do país: palco do regicídio, em 1908, de D. Carlos e do príncipe-herdeiro D. Luís; palco fundamental da Revolução dos Cravos, em que se destacou a figura heroica de Salgueiro Maia, na luta contra a Ditadura estado-novista. 

2.ª paragem: hora de almoçar, tempo de degustação, de confraternização e de fruição do ócio.

3.ª paragem: Museu do Dinheiro. E mais uma viagem no tempo!... Mais um mergulho... na história do dinheiro, que, é, também, a história da humanidade, através das coleções de numismática, de e notafilia, de artigos-padrão e de outros objetos. 

Esta 3.ª paragem permitiu-nos contactar com formas de dinheiro e de artigos-padrão de outros tempos e lugares, de outras culturas e paisagens. E eis raros exemplares do acervo de moeda grega, romana ou chinesa. Mais à frente, e eis que nos deparámos com moedas islâmicas peninsulares, moedas do reinado de D. Afonso Henriques, de D. Sancho I, moedas do tempo de D. João II ou do Rei Venturoso. E um pouco mais além…  moedas cunhadas com ouro do Brasil. 

Mais uns passitos e os nossos alunos puderam conhecer um pouco mais da história da moeda metálica e do papel-moeda em território português até ao advento do Euro e um pouco da história do Banco de Portugal, da fundação aos nossos dias.

Numa outra sala, dedicada ao ciclo e à história da produção do dinheiro, descobrimos minérios, máquinas, chapas de impressão, esboços e desenhos artísticos, que estão na origem das moedas e das notas.

Na sala dedicada ao tema da ilustração do dinheiro, deparámo-nos com notas de várias origens e países, numa grande variedade expressiva de motivos gráficos e cromáticos, repercutindo, destarte, a diversidade de aspetos culturais e históricos de cada país representado.

E, por fim, o regresso à nossa região. Alunos e professores regressaram mais conhecedores, assaz mais sábios, não apenas pelos saberes que puderam consolidar ou adquirir, mas, sobretudo, pelas competências interpessoais e socais que desenvolveram.